domingo, 12 de fevereiro de 2012

Entrudo

Trovejam, na minha cabeça,
Pensamentos nebulosos de verão.
Um verão sem dono.
Sem sono.
Sem chão.

Verão abandonado,
Manchado por fatos
E fardos enfadonhos.
Fatos, tais, alheios à boca
Da clássica classe média
Burguesa. insustentada
Pelo Ecologismo
sob altas doses de demagogia
Que embaça a vista..

Agora nada importa.
Nem os mortos de fome que gritam
Dos tais pinheiros paulistas
Espancados,
Botados em trapos
pelos "Braços armados do povo.".

Nem os mortos que respiram
O ar empoeirado da capital.
Mortos de cansaço
Pra tudo há um basta.
Um chá de sumiço.
Afinal, Não existe Revés
Que um bom carnaval
Dê jeito.

Pedro Vargas