Saiu por aí a ensinar até às flores
Sobre a beleza rara, e límpida
Da vida.
Aprendeu-se belo,
Fez o que pôde da sua beleza
Bem sabendo que a beleza é prato raro
Que aproveita-se da juventude
Com um nobre paladar
Aprendeu-se admirante,
Mirava as belezas
Cada olho que fitava, olhava fundo
Um mundo!
Belezas sempre tão coloridas
Cada mulher é uma flor linda
Aprendeu-se assim
Errando de tudo
Hipnótico,
Vendo na língua mátria
Massinha de modelar
Aprendeu-se só
A moldagem de palavras
(Em homenagem a Manoel de Barros)
Pedro Vargas