Trovejam, na minha cabeça,
Pensamentos nebulosos de verão.
Um verão sem dono.
Sem sono.
Sem chão.
Verão abandonado,
Manchado por fatos
E fardos enfadonhos.
Fatos, tais, alheios à boca
Da clássica classe média
Burguesa. insustentada
Pelo Ecologismo
sob altas doses de demagogia
Que embaça a vista..
Agora nada importa.
Nem os mortos de fome que gritam
Dos tais pinheiros paulistas
Espancados,
Botados em trapos
pelos "Braços armados do povo.".
Botados em trapos
pelos "Braços armados do povo.".
Nem os mortos que respiram
O ar empoeirado da capital.
Mortos de cansaço
Pra tudo há um basta.
Um chá de sumiço.
Afinal, Não existe Revés
Que um bom carnaval
Dê jeito.
Pedro Vargas