Um amor, um amigo
Algo que já nem sei mais, muito bem,
O que seria
Sinto falta do meu violão, da música,
Da fotografia
Da cerveja na esquina
Da coceira na cabeça
Falta de tempo
Falta do tempo
Do que passa,
E também do que já passou
Do calor do fogo humano
Do frio na barriga
Sinto a mesmisse de uma rotina
Tudo que eu não queria
Sinto falta da interpretação
De outrem sobre a minha pessoa
Tão besta e solitária
Nesse cinza que abre o dia
E fecha a noite
Pedro Vargas