segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O Homem que Mata

Abriu a maçaneta com requinte de gatuno
Puxou o trinta e oito com um porte de assassino
O matador, com indiferença nos olhos
Meteu um balaço certeiro na cabeça do menino
Uma morte limpa e fria, como de se esperar do bandido

O homem que mata, já matava há tempos
Desde criança, quando corria, brincava
Já matava
Passarinhos e Morcegos não escapavam do bodoque
aos doze ganhou a glock
E assassinou, a sangue frio,
O garoto que ficava de deboche
Era assassino por natureza
Nos seu olhos a frieza
Que só tem quem é morto
Ou quem mata

Cresceu entre bandidos
E contraventores da lei
No seu ramo empregatício
Era tido como um rei

Até que viu um garoto
Quebrando o crânio de outro
Usando uma madeira
Que no chão encontrara
Mais tarde, atirou no menino
Pra que não fizesse, o destino,
Mais um homem que mata

Pedro Vargas

2 comentários:

Bruno disse...

Ora vejam só,
O homem que mata tem bom coração.
Parece que se escondia o bem
Atrás de um feio leão.

Caio Alexandre Da Silva disse...

Será isso então?
Motivo garante absolvição?
Homem de bem ou leão:
Questão de Interpretação.