segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Paladar

A minha língua é cheia de poesia
Em cada papila
Em cada palavra

A minha língua é perfeita
É complexa, é difícil
Em todos os sentidos
Não é língua para qualquer um
Nem de se vender assim à toa
Não há outro paladar que eu queira

Só o meu dialeto, o meu sotaque
Têm esse gosto perfeito de língua
Esse sabor lindo
De sentir as palavras saindo
De ouvir-se palavras entrando
Sabores que não se esquece
Que, se distantes
Deixam saudade

Pedro Vargas

Um comentário:

Arame disse...

Li teu comentário lá no Bruno.
Pasei pra agradecer a reverencia, e dizer que v. foi um dos caras mais bacanas que eu cuzei lá na escola!
Aproveito pra comentar o poeminha: Fino!!!
Abrax