domingo, 28 de novembro de 2010

Esquisito morar numa estrela
Viver de céu
E morrer de saudades
Saudade da Lua
Da gravidade
Da vida de terráqueo

Esquisito morar numa estrela
Viver de ponta-cabeça
pra não queimar os pés

Estranho,
O brilho não me incomoda mais
Os raios cosmicos de estrela
São como música para os olhos
Do poeta espacial

Estranho,
O Sol parece tão distante
A via lactea é um poema
Uma via de leite
No meio do cosmos
No meio do nada

Esquisito morar numa estrela
Pensar na beleza
Das flores de Saturno
Nos ventos de Urano
Nos pinguins de plutão

Uma estrela tão longe de tudo
Que tudo parece formiga
Miúdo na imensidão

Uma estrela, casinha de luz
No quintal, plantação de planetas

Uma estrela, meu lar

Pedro Vargas

Um comentário:

Thiago Silva - O Naturalista disse...

hum, pq Plutao saiu em minusculo?