E observa
A selva de pedras
Pela janela
De um lotação
Lotado
Coitado,
Foi terceirizado!
Desempregado
Vende bala
Mas não se abala
Segura o balaústre
E, ilustre,
Propagandeia:
Balas sabor artrite
Guloseimas de lembrança
Pirulitos de saudade
Quebra-queixos
Choques de realidade
Preterido,
O tempo se treme
E teme
O frio de se tornar
Pretérito
Trocado, lamenta,
Por uns trocados
Passa maus bocados
Aos trapos
Num canto
Da Central do Brasil
Pedro Vargas
2 comentários:
Já te disse o quanto amei esse poema?
Viva bossa-sa-sa! Viva palhoça-ça-ça-ça-ça!
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