domingo, 14 de dezembro de 2008

Seus Olhos Frágeis

Seus olhos frágeis, pálidos, lindos, me impressionavam. Pareciam as chamas trêmulas de duas pequenas velas na escuridão.

Seus olhos.. por que tão medrosos? por que tão tímidos?

Eram lindos, de fato. Castanhos, enormes. Via o meu reflexo dentro deles como se num espelho. Sentí-me bem com tais câmeras me fotografando, analisando-me de cima para baixo.

Eram lindos, de fato. Mas eram trêmulos, inocentes. Sentí-me Deus ao prender a atenção daqueles olhos lindos. Sentí-me Deus

Olhos como aqueles eu nunca mais veria, mas nem de perto precisaria vê-los novamente. Guardei na memória aquela imagem, como numa pintura.

Seus olhos frágeis como chamas trêmulas, pálidos como o fogo das chamas trêmulas, castanhos como os meus. Eram lindos, de fato.

Pedro Vargas

4 comentários:

André Vargas disse...

A repetição e a recriação de algo que não nos sai a cabeça. De algo que não queremos que saia!

Muito bonito Pedro - você não - texto!

Anônimo disse...

De quem são esses olhos?
De uma noite fria e chuvosa?

Ana Carolina disse...

Que linda descrição. Dá uma inveja boa desses olhos. ^^

Pilar Valente disse...

Ainda não li o blog em si, mas só o título já me ganhou, genial, Dedeco.

PS.: Considerei ~ como acento sim. ;]